Espaços e sua interpretação
Observa-se um primeiro corpo edificado que corresponderá à área de serviços e habitacional da família, e criados, responsáveis pela estalagem: o lastro em tijolo de uma lareira atesta a existência da cozinha, contígua a outros compartimentos pavimentados com tijoleira e outros em terra batida. Fragmentos de dolia (grandes potes cerâmicos para guarda de bens alimentares) indicam um espaço de armazenamento, bem como pesos de tear e cossoiros, entre outros objectos, revelam actividades de autossustento doméstico, como a fiação e a tecelagem.
Separado daquele por um pátio interno, outro bloco edificado se descobre e que corresponderá à área de pernoita dos hóspedes. A presença de caixas de escadas sugere um primeiro andar sobrado, por onde se distribuiriam os quartos de dormir (cubicula). Nas traseiras deste edificado outro pátio se abria, porticado, para acolhimento dos cavalos e animais de carga. Seria em volta deste pátio que os estábulos (stabula) se distribuiriam.
A oeste da estalagem, a cerca de 200 metros, verifica-se um espaço, pequeno, com uma significativa quantidade de escória de ferro sugerindo uma oficina de ferreiro. Neste edifício seriam forjadas vários objectos de uso quotidiano, a par das ferraduras e outros apetrechos que garantiriam a continuidade da viagem.