História
Foi em 1889 que Alberto Osório de Castro, apoiado financeiramente pela Sociedade Martins Sarmento (Guimarães), fez as primeiras escavações nos terrenos da Quinta da Raposeira, no sopé do Monte da Senhora do Castelo. Os materiais exumados, as estruturas arquitectónicas descobertas, designadamente a zona termal e alguns compartimentos contíguos, os vestígios disseminados por uma vasta área adjacente levaram aqueles investigadores a concluir estarem na presença de um povoado da época romana, denominado o sítio por Citânia da Raposeira.
Após a descoberta de um pote de moedas imperiais, que provocou a invasão do local por populares na busca de tesouros, aquelas sondagens arqueológicas foram bruscamente interrompidas.
O sítio ficou adormecido até ao ano de 1985, quase um século depois, altura em que Clara Portas encetou a primeira de doze campanhas de escavações, que terminaram em 1997, permitindo colocar à vista a quase totalidade do sítio.
Em 2013 as ruínas arqueológicas da Quinta da Raposeira foram objecto de uma intervenção de valorização patrimonial e turística por parte do Município de Mangualde. Os trabalhos de escavação-investigação inerentes àquela acção permitiram uma nova interpretação do sítio.
O sítio arqueológico está classificado como Sítio de Interesse Público, desde 4 de Agosto de 2014.