Monumento

As ruínas romanas da Raposeira são hoje interpretadas como sendo uma mansio ou mutatio, isto é, uma estalagem, de natureza pública ou oficial, construída nos inícios do século I d. C., na época do 1º imperador de Roma (Octávio César Augusto), junto ao cruzamento de duas importantes estradas imperiais.

A estalagem estava dotada das instalações necessárias e indispensáveis à sua função enquanto área de descanso e de abastecimento, com particular relevo para a área termal. São ainda observáveis, entre outros, espaços interpretados como de utilização reservada à família, demais pessoal de apoio à estalagem, e viajantes e animais de carga.

Era, sobretudo, uma estrutura de apoio aos correios e transportes da administração imperial que circulavam pelo cursus publicus, implantada entre o casario disperso no sopé do Monte da Senhora do Castelo.

O circuito de visita é apoiado em painéis explicativos, em português e inglês, colocados em seis pontos distintos de observação.

As Ruínas da Raposeira foram já tidas como villa (rica casa de um senhor que exploraria uma propriedade agrícola), como parte de um quarteirão de um vicus (aglomerado populacional com algumas características urbanas), ou como quinta ou granja, dada a ausência de pavimentos em mosaico ou de peristilo (átrios abertos e jardinados rodeados por colunata).

Hoje, as ruínas são interpretadas como mansio ou mutatio (estalagem ou estação de muda). Para tal, contribui, por um lado, a sua edificação nas proximidades de um importante entroncamento de duas estradas imperiais e, por outro, a distância que as separam das duas capitais donde partem essas vias: a 12 milhas de Vissaium – Viseu –, e a 30 milhas de Bobadela – localidade de Oliveira do Hospital).